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sábado, 5 de março de 2011

HQs Disney no Brasil;Criadores e Criaturas


O show vai começar! Que se abram as cortinas do passado e sejam apresentados os personagens e os autores que fizeram do Brasil um dos maiores produtores de quadrinhos Disney em todo o mundo

Os leitores mais antigos devem se lembrar. Nas HQs Disney produzidas no Brasil havia um personagem secundário que figurou em muitas histórias, principalmente nas do Zé Carioca, e raramente tinha alguma fala. "Ele era gordinho, barrigudo, usava óculos e um topetinho em forma de anzol, feito o Super-Homem. Apareceu em grande parte das histórias entre 1980 e 1990", diz Gerson B. Teixeira, ex-roteirista do Estúdio Disney da Editora Abril e hoje escrevendo aventuras da Turma da Mônica para os Estúdios Mauricio de Sousa.

Pouca gente sabia que o personagem em questão tratava-se do arte-finalista Acácio Ramos, muito querido na redação e que, devidamente caricaturado, foi alvo da homenagem nos gibis. "Ele fez tanto sucesso que passou a ser citado e reconhecido pelos leitores", afirma Euclides Miyaura, desenhista, atualmente produzindo histórias Disney para editoras da Europa.

"Certa vez, reunimos mais ou menos oito pessoas e, ao mesmo tempo, arrastamos os pés no carpete num dia muito seco. Quase 'eletrocutamos' o nosso amigo com eletricidade estática. Incluí isso numa das minhas últimas histórias, Acácio, o bandido elétrico", conclui Gerson Teixeira.
Pouca gente sabia que o personagem em questão tratava-se do arte-finalista Acácio Ramos, muito querido na redação e que, devidamente caricaturado, foi alvo da homenagem nos gibis. "Ele fez tanto sucesso que passou a ser citado e reconhecido pelos leitores", afirma Euclides Miyaura, desenhista, atualmente produzindo histórias Disney para editoras da Europa.

"Certa vez, reunimos mais ou menos oito pessoas e, ao mesmo tempo, arrastamos os pés no carpete num dia muito seco. Quase 'eletrocutamos' o nosso amigo com eletricidade estática. Incluí isso numa das minhas últimas histórias, Acácio, o bandido elétrico", conclui Gerson Teixeira.





O fato exposto acima é apenas um preâmbulo que ilustra uma fase mais alegre e fértil (não necessariamente um mar de rosas, como se verá adiante) para os quadrinhistas nacionais, em específico os que faziam quadrinhos Disney, e que rendeu a criação de muitos personagens que se tornaram conhecidos e admirados no Brasil e em vários outros países.

A verve criativa desses artistas produzia vários personagens que, mesmo quando não ganhavam status de protagonistas, deixavam uma marca na lembrança dos leitores. "Alguns que criei e acho dignos de nota foram Jojô, um malandro amador cuja maior proeza era sempre conseguir enganar o Zé Carioca; o Comissário Porconi, das histórias do Morcego Verde; e o ornitólogo da Vila Xurupita, Professor Termitófeles da Pest", diz Arthur Faria Jr., um dos nomes mais importantes dessa fase áurea.

Mas da mente (e mãos) desses autores surgiram dezenas de outras criações que até hoje figuram entre os grandes da galeria Disney, tornando o Brasil uma sumidade nesse quesito e, por isso mesmo, respeitado em todo o mundo. As histórias aqui produzidas faziam muito sucesso lá fora, e até um personagem "regional" como o Zé Carioca era bem aceito em países como a Itália, só para citar um exemplo.

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