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sábado, 5 de março de 2011

Prolíficos e criativos


O "pai" da grande maioria desses personagens é um dos nomes mais respeitados no cenário nacional de quadrinhos. Ele chegou a participar das primeiras fases das HQs de terror no Brasil, mas foi com a Disney que sua fantástica imaginação alcançou os vôos mais altos.

A Ivan Saidenberg se deve a criação de personagens como o Morcego Vermelho (inspirado numa ilustração de Giovan Battista Carpi) e o impagável Metralha Azarado, o 1313. Ele também participou da criação do Biquinho, sobrinho do Peninha.

Para o universo do Zé Carioca, criou os amigos Pedrão e Afonsinho; os primos Zé Pampeiro, Zé Queijinho e Zé Jandaia; o alter ego heróico Morcego Verde; a Vila Xurupita e o clube de futebol de mesmo nome; a Anacozeca - Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca (junto com outro roteirista, Paulo Paiva); o inimigo Zé Galo; e outros coadjuvantes menos conhecidos como a prima Vera e o João Ratazana.

Vários outros personagens que hoje raramente aparecem, até mesmo em republicações, são obras do ex-roteirista. "Criei o Vovô Metralha; o Zorrinho (identidade secreta dos sobrinhos do Donald); e o Águia, que queria ser o rei da Califórnia", revela Saidenberg.


Também foi dele a idéia inicial de transformar um certo pato atrapalhado numa figura mais destacada. "Eu me identificava com o Peninha, um jornalista explorado e mal pago por um patrão muquirana. Fazia com que ele criasse quadrinhos para o jornal A Patada, surgindo daí o Pena Kid e o Xaxam", explica.

Morando em Israel desde 1988, com a esposa Thereza (ex-argumentista da Turma do Pererê, de Ziraldo, e da Turma do Lambe-lambe, de Daniel Azulay) e a filha Lucila (que também escreveu roteiros para a Turma da Patrícia, de Ely Barbosa), o quadrinhista já pensa em retornar ao Brasil. "Espero voltar em breve. Aqui estou aposentado, após ter trabalhado dez anos como segurança", diz.

Outro dos mais producentes foi Arthur Faria Jr., que escreveu mais de 700 roteiros. "O que acho curioso até hoje é que as três histórias nas quais mais caprichei, nos 18 anos em que trabalhei para a Editora Abril, foram justamente as que nunca foram publicadas", afirma o quadrinhista.

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