.

.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sucesso de 'Alice' mostra que o cinema 3D ainda não é democrático


Sucesso de 'Alice' mostra que o cinema 3D ainda não é democrático


Disney/Divulgação

Cena de 'Alice no País das Maravilhas', que tirou o reinado de 'Avatar'



Últimas de Cinema & DVD
» Por que 'Guerra ao Terror' venceu
» Diretor francês deve lançar primeiro filme erótico em 3D
» Seqüência de 'Tron' ganha novo trailer
» Tom Morello prepara música para 'Homem de Ferro 2'



Busca
Busque outras notícias no Terra:






Embora Avatar tenha perdido a briga para o bom e velho cinema padrão no Oscar, uma tendência se consolidou com a superprodução em 3D de James Cameron. O público mediano já não gosta da doce experiência de curtir uma boa história no cinema. Ele quer profundidade. E o 3D estereoscópico, que coloca as imagens quase na cara do espectador, é, no momento, o maior representante desta nova vontade coletiva que se criou dentro e fora dos Estados Unidos.
» 'Alice', de Tim Burton, bate reinado de 'Avatar'
» Disney teria pago U$ 700 mil para ter 'Alice' na capa de jornal

Alice no País das Maravilhas, produção da Disney dirigida por Tim Burton, está aí para provar essa tese. Em cartaz em mais de 2 mil salas, o filme conseguiu arrecadar US$ 116 milhões pelo mundo, recorde para o mês de março, que não costuma atrair grandes plateias ao cinema, graças às temperaturas amenas, um alívio ao desconforto do inverno rigoroso.

Mas a briga de gigantes é mais catastrófica do que se imagina. Com tanta demanda pelo 3D, as salas de cinema terão que se adaptar, o quanto antes, ao formato. Para isso, milhões devem ser investidos, especialmente nos países da Europa e América Latina, em que mais de 80% das salas não suportam projeções desse porte. Avatar não só tirou as salas com tecnologia IMAX da crise, como foi o responsável direto pela construção de novos locais de exibição em todo o mundo.

Para Alice conseguir esse grande número de espectadores, a Disney foi obrigada a fechar um contrato com os cinemas com salas em 3D. Reduzir o espaço de Avatar, que há 11 semanas liderava com folga a preferência das plateias, e "obrigar" o seu espectador a assistir Alice.

Essa briga vai se agravar em abril, quando estreia Fúria de Titãs e logo na emenda chegam Homem de Ferro 2, que terá exibição em 3D em algumas salas, e Toy Story 3. No final do ano, Harry Potter promete dominar o circuito. Em 2011, mais de 25 produções com a tecnologia.

O problema é a falta de espaço. Tal competição deve resultar numa briga desnecessária entre os estúdios. Resultado: menos lucro por falta de estrutura e menos opções por parte do espectador.

Quem quiser conferir uma produção 3D, terá que se contentar, por muito tempo, com um único filme, aquele cujo o estúdio pagará mais aos exibidores para ficar o maior tempo possível em cartaz. Por enquanto, de democrático, o 3D não tem nada.

Com informações do New York Times

Nenhum comentário:

Postar um comentário